dia a dia, os países
dão sinais de que a guerra na síria está longe de acabar: israel ataca damasco.
irã e rússia criticam o ato, mas fornecem armas ao regime. israel fica em
silêncio, e enquanto isso, americanos estão preocupados com a presença do hezbollah
no conflito.
a síria se
transformou num palco. os atores são tanques. sua fala é sempre a mesma. no
mesmo tom, para a mesma plateia.
daraya, sudoeste de
damasco, tem sido palco de violentos combates na síria entre rebeldes e
exército. um conflito aparentemente sem fim, sem tolerância, sem acordo.
seres invisíveis eram
os alvos dos tanques. não se tem certeza de que o vídeo é atual. ou se tem uma
semana, um dia, uma hora, um mês. nem importa mais. o tempo na síria não passa.
os escombros e a fumaça fazem parte permanente do cotidiano.
o cenário é branco. o
ar, irrespirável. a morte ronda as ruas da capital damasco. o país está se
desfazendo aos olhos do mundo, como já alertou o mediador brahimi, da onu.
são milhares de pessoas.
mais de 80 mil mortos.
outras dezenas de milhares sem saber se vivem ou se estão no
inferno. sobrevivem em acampamentos na jordânia, turquia e todos os vizinhos
solidários da síria.
a fome, o frio, as doenças, a falta de abrigo
decente são melhores do que estar na síria.
a discussão agora não
é sobre essas pessoas. o foco é outro.
é sobre o bombardeio de israel a damasco. por
que atacaram? porque acham que quando assad cair, armas químicas podem cair nas mãos do hezbollah. isso é o que tentavam destruir. mas os
aliados da síria, china, rússia e irã já reclamaram do ataque.
a guerra é uma
cortina de fumaça e um jogo de interesses.
a rússia e o irã, que é inimigo
mortal de israel, são os mais críticos ao bombardeio israelense a damasco. por
outro lado, fornecem secretamente armas ao regime de assad.
é o que pensa a
casa branca.
mediadores pedem o
fim da violência. rebeldes lutam. o exército luta. vizinhos abrigam. aliados dão
armas. não-aliados fazem discursos. israel ataca.
e a síria é apenas uma flor
solitária num temporal de ódio.
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